Papa Francisco, peregrino na Terra Santa!

A peregrinação ecumênica do papa Francisco à Terra Santa

PAPA FRANCISCO
“Irmãos e irmãs, no clima de alegria típico deste tempo de Natal, desejo anunciar que de 24 a 26 de maio, se Deus quiser, farei uma peregrinação à Terra Santa.”

Este anúncio feito no Angelus de 5 de janeiro de 2014 alegrou profundamente os corações do povo da Terra Santa. O principal objetivo da peregrinação era celebrar o 50º aniversário do encontro do Papa Paulo VI, Bispo de Roma, com o Patriarca Ecumenico de Constantinopla, Atenágoras.

O primeiro lugar que ele visitou foi Amã, no Reino Hachemita da Jordânia, onde agradeceu ao Rei Abdullah II por suas gentis palavras de boas-vindas. Saudações também aos membros da Família Real, ao Governo e ao Povo da Jordânia, uma terra rica em história e de grande significado religioso para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Ele celebrou a missa no Estádio e se encontrou com refugiados e jovens deficientes na Igreja Latina.

Já no dia 25 ele esteve em Belém e se encontrou com as autoridades palestinas e presidiu a Celebração Eucarística na Praça da Manjedoura, com a presença de uma multidão de fieis.

No Santo Sepulcro, momentos emocionantes diante da pedra da unção, no Calvário, no Túmulo de Cristo, diante dos quais o Santo Padre fez um lindo discurso centrado na fé em Jesus morto e ressuscitado.

PAPA FRANCISCO
“É uma graça extraordinária estarmos reunidos aqui em oração. O túmulo vazio, aquele túmulo novo situado num jardim, onde José de Arimateia depositou devotamente o corpo de Jesus, é o lugar de onde parte o anúncio da Ressurreição. Não precisa ter medo. Eu sei que vocês procuram Jesus Crucificado. Não está aqui. Ele ressuscitou.”

Também em Jerusalém, o Santo Padre se encontrou com os sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas da Terra Santa, na Basílica do Getsêmani, convidando-os a ter os mesmos sentimentos de Cristo e a se perguntarem: quem somos diante do Senhor que sofre?

PAPA FRANCISCO
“Estamos todos expostos ao pecado, ao mal e à traição. Sentimos a desproporção entre a grandeza do chamado de Jesus e a nossa pequenez, entre a sublimidade da missão e a nossa fragilidade humana. Mas o Senhor, em sua grande bondade e infinita misericórdia, sempre nos pega pela mão para que não nos afoguemos no mar do desânimo. Vocês, queridos irmãos e irmãs, são chamados a seguir o Senhor com alegria nesta terra abençoada. É um dom e também uma responsabilidade.”

Após a celebração, o Santo Padre foi ao Jardim do Getsêmani e, conforme a tradição, plantou uma oliveira.

No dia 26, ele também foi ao Cenáculo para a celebração eucarística com os bispos da Terra Santa e a comitiva papal. E ali também ele compartilhou o dom da Igreja em saída, que se pôs a caminho com a força do Espírito Santo e com a caridade para com os irmãos.

PAPA FRANCISCO
“Aqui, onde Jesus consumiu a Última Ceia com os Apóstolos, onde o Ressuscitado apareceu entre eles, onde o Espírito Santo desceu com poder sobre Maria e os discípulos, aqui a Igreja nasceu e nasceu para sair.
Ela partiu daqui com o pão repartido nas mãos, com as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração.
A Igreja em saída preserva a memória do que aconteceu aqui. O Espírito Paráclito lhe lembra cada palavra, cada gesto e revela seu significado. O Cenáculo nos recorda o serviço de Jesus que lavou os pés dos discípulos, um exemplo que ele deixou.
Lavar os pés uns dos outros significa acolher, aceitar, amar e servir uns aos outros.”

Houve também momentos muito significativos com autoridades políticas, como a visita ao museu Yad Vashem.

PAPA FRANCISCO
“Neste local memorial da Shoah ouvimos esta pergunta de Deus ressoar: Adão, onde você está? Esta pergunta contém toda a dor de um pai que perdeu seu filho. O pai sabia do risco da liberdade, sabia que seu filho poderia se perder, mas talvez nem mesmo o pai pudesse imaginar tal queda. Um mal se abateu sobre nós como nunca aconteceu debaixo do Céu. Agora Senhor, ouça nossa oração, ouça nossa súplica!”

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